terça-feira, 3 de abril de 2007

Anistia II

Bom, como já levantando por nosso amigo Marcos Rogério (garras da imprensa) o jornal de Uberaba havia publicado no dia 02/03 um artigo, onde o engenheiro militar Vicente de Paula Baptista Junior defende os tempos em que o Brasil viveu sob a ditadura militar. Hoje (03/03), o jornal de Uberaba publicou a continuação da reflexão do Sr. Vicente. Acompanhe abaixo o texto publicado pelo jornal. (negrito seguem as observações)

Bresser Pereira, que serviu a Sarney e a FHC, escreveu “Após a era Vargas, o Brasil continua a se desenvolver, entre 1964 e 1984, mas sob um regime militar autoritário, do qual os trabalhadores foram excluídos”. Uma verdade e duas mentiras.

(antes de iniciarmos nossa reflexão sobre o artigo, note que o período de ditadura no nosso país durou 20 anos)

Houve desenvolvimento, sim; mas o regime era de autoridade, não autoritário; os trabalhadores não foram excluídos. Seria excluí-los torná-los “sócios” do governo?

(“o regime era de autoridade, não de autoritarismo...” pois bem, um governo que durou vinte anos, que foi instituido a força por meio de um golpe, que prendiam, torturavam e matavam todos que possuiam opinião contrária, era um regime de autoridade? Mas uma única coisa, que faltou nesses 20 anos de dor, e que sozinha é capaz de provar na cara dura o autoritarismo sanguinário do período militar é a palavra LIBERDADE. Quanto a sociedade... sócios do que? )

Os PIS e PASEP do governo da Revolução fizeram exatamente isso. Não é desmentido suficiente? Afirmou o economista, João Saiad, “o governo militar de 64 fez as reformas prometidas pelo governo que derrubou. Preocupou-se com a Amazônia e vias de transporte. A obra foi descontinuada pelos civis posteriores.

(“governo da revolução”... revolução meu caro, é quando o povo participa e não quando o povo é lesado... nesse caso é golpe mesmo! )

É indiscutível negar o “Milagre Econômico”. Deixou dívida externa, sim. Para obras fundamentais. Os governos civis se endividaram e nada fizeram.

(milagre é tudo aquilo que é impossível e que por sorte ou intervenção divina acontece... Obras fundamentais... Transamazonica que além de desmatar está lá... no barro até hoje... Usinas Nucleares que geram energia pífia em relação ao custo gigantesco... só serviram mesmo aos interesses de um governo autoritario que queria mostrar força...)
Estávamos diante de um dilema: combater o marxismo ou colocar o pescoço na canga soviética. Que você teria feito? Cuidou-se do camponês (plante que o João garante), assentamo-lo (agrovilas) e lhe foi dado o direito do FGTS. Os civis descontinuaram, ensejando o aparecimento de um Rainha, um Stedile, um Maranhão. Visou-se a educação básica, com o Mobral. Procurou-se dar teto aos pobres com financiamento do Banco Nacional da Habitação. A criação do Ministério da Previdência e Assistência Social data do governo “militar”. O Conselho do Desenvolvimento Social não serviu apenas para dar emprego para correligionários, como se observa agora.

(existem tantas outras maneiras de se combater esse marxismo... Os EUA sofreram golpe militar? A Inglaterra sofreu golpe militar? Não! Apenas os países onde os milicos queriam o poder para roubar mais e mais... não havia corrupção? Havia meu caro... o que não havia era imprensa.. porque os militares já haviam se encarregado disso primeiro... )

A ponte Rio-Niteroi foi obra do governo revolucionário. Tem mais: em 1977, o Congresso (sim, o Congresso!) aprovou, por 241x141, o projeto de reforma política de Geisel. Onde estava o autoritarismo, senhor revanchista?

(Correção: Governo Golpista! e não revolucionário..., a ponte Rio-Niterói? ah.. aquela que foi mostrada na televisão que está com a estrutura abalada, porque os cabos que serviam de sustenção estão corroendo... desvio de dinheiro? certamente... Quanto ao congresso, podemos encontrar duas questões históricas que o fizeram aprovar a reforma política do Geisel, a primeira: Medo de ter o mandato cassado ou de ver o congresso ser fechado sob a mira de canhões, segunda, ter visto em Geisel a possibilidade do retorno a democrácia, já que históricamente ele deu inicio à abertura democrática)

Nesse mesmo ano, houve eleições livres para o Legislativo federal e estadual, quando votaram 46 milhões de eleitores.

(olha! sinal de que o governo autoritário ta acabando...)

Em 1979, Figueiredo sancionou a Lei do Inquilinato, acabando a “denúncia vazia”. Propôs e sancionou a Lei da Anistia.

(quanta bondade!! Deviamos declará-lo santo junto com o Frei Galvão...)

Não deixo de consignar o “golpe parlamentar” perpetrado em 1980, quando foi aprovada uma PEC que garantiu mais dois anos de mandato para vereadores e prefeitos. O vezo histórico persiste, com o aumento absurdo e inoportuno auto-concedido pelo Legislativo. Então, pergunto: onde estão os “caras-pintadas da UNE?”

(certamente organizando uma manifestação em apoio a beatificação dos 4 últimos ex-ditadores, para quando Bento XVI chegar avançar o processo deles... e olha que o Médici já pode ser beato, já fez um milagre mesmo...)


Persistirei na luta pela verdade. Tobias Barreto escreveu que o Brasil não tinha povo e sim público. Tinha razão. A orquestra revanchista o entretém. Vamos fazê-la desafinar?

(Assim... só pra poder entender... revanche quem quer num é quem perde? Achei que derrubar uma ditadura de 20 anos, sem matar nem torturar ninguém fosse vencer... e não... revanche... Seu Vicente... Pega uns dois tanque aí e vamo “revolucionar” o governo uberabense...)

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